sexta-feira, 25 de julho de 2008

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Caso Richarlyson
Juiz nega ação de jogador e diz que futebol é para macho

por Aline Pinheiro

Não bastasse fracassar na sua empreitada judicial, o jogador são-paulino Richarlyson ainda teve de ouvir que futebol não é coisa para gay. Foi assim que o juiz Manoel Maximiano Junqueira Filho, 9ª Vara Criminal de São Paulo, fundamentou a decisão em que nega prosseguimento à queixa-crime de Richarlyson contra o diretor administrativo do Palmeiras, José Cyrillo Júnior.
A brincadeira agora pode render uma punição administrativa para Junqueira. Ele já foi afastado do processo, segundo decisão do juízo da própria 9ª Vara Criminal, por não ser o juiz natural. “Exarou a decisão de rejeição de queixa-crime porque era o único juiz da vara naquele dia, na licença-saúde da magistrada auxiliar”, diz o despacho.
Além de ser afastado, o juiz responde a processo disciplinar no Conselho Nacional de Justiça. O advogado de Richarlyson, Renato Salge, informa que ingressou com Reclamação no CNJ pedindo a punição do juiz por homofobia e intolerância. “O que discutimos na queixa-crime era se houve injúria por parte do diretor palmeirense, e não se Richarlyson é homossexual ou não”, disse. “O juiz decidiu com base no pensamento dele, e não na lei.”
Não deixa de ser curioso, contudo, o fato de o jogador e seu advogado acusarem o juiz de homofobia, mas processarem o diretor do Palmeiras na esfera criminal porque ele insinuou que Richarlyson seria gay.
A polêmica “Richarlyson é gay ou não” começou quando o jornal Agora São Paulo noticiou que um jogador de futebol estava negociando com o Fantástico, programa da TV Globo, para revelar no ar a sua homossexualidade. Em junho, durante o programa Debate Bola, da TV Record, José Cyrillo Júnior foi questionado se o tal jogador homossexual era do Palmeiras. Cyrillo se saiu com essa: “O Richarlyson quase foi do Palmeiras”.
Richarlyson se sentiu ofendido e foi à Justiça. Em uma sentença muito bem humorada, mas politicamente incorreta, o juiz Junqueira Filho afirmou toda a masculinidade do futebol e mostrou ao jogador são-paulino que a Justiça, nesse caso, não é a melhor alternativa. “Quem é ou foi boleiro sabe muito bem que estas infelizes colocações exigem réplica imediata, instantânea, mas diretamente entre o ofensor e o ofendido, num ‘tête-à-tête’.”
O juiz sugeriu o que o jogador poderia fazer. Se não fosse homossexual, o melhor seria ir ao mesmo programa de televisão dizer que era heterossexual. “Se fosse homossexual, poderia admiti-lo, ou até omiti-lo, ou silenciar a respeito. Nesta hipótese, porém, melhor seria que abandonasse os gramados.”
Para o juiz Junqueira, gramado não é lugar de homossexual. “Futebol é jogo viril, varonil, não homossexual.” Não há ídolos de futebol que são gays, diz. E mais. Demonstrou a virilidade do esporte com o hino do Internacional de Porto Alegre: “Olhos onde surge o amanhã, radioso de luz, varonil, segue sua senda de vitórias”.
Junqueira ironizou a manifestação de um grupo gay da Bahia de que o futebol deveria ser aberto aos homossexuais. “Ora bolas, se a moda pega, logo teremos o sistema de cotas.” E completou: “Não que um jogador não possa jogar bola. Pois que jogue, querendo. Mas forme o seu time e inicie uma federação. Agende jogos com quem prefira pelejar conta si”.

Um comentário:

Anônimo disse...

ESSE EXERCICIO Q O RICHARLYSON TA FAZENDO É PRA QUEM TA KERENDO FICAR COM A BUNDA DURINHA!!!
A NEIN KI BOIOLAGEM!!!