Invasão, xingamentos e bomba transformam a véspera de jogo do Fla.Às 10h55m desta terça-feira, os primeiros gritos vindos do estacionamento indicavam que um grupo de torcedores do Flamengo chegava à Gávea. Cerca de 30 torcedores uniformizados com blusas de torcidas organizadas entraram no clube pela Rua Gilberto Cardoso e seguiram na direção do gramado. Entraram na pequena arquibancada, que é separada do gramado por apenas uma grade, e ali ficaram aos gritos até serem recebidos pelo supervisor Isaías Tinoco. Disseram que não queriam agredir ninguém: - Estávamos na liderança, com cinco pontos de diferença. Agora estamos em sexto, ninguém agüenta mais - disse um. - Não viemos agredir ninguém. Só queremos conversar com o elenco. Os jogadores logo notaram a presença dos visitantes. Em um primeiro momento, tentaram se manter alheios ao que acontecia ao lado do gramado. Disputavam um treino recreativo, o popular "rachão". Mas a irritação dos torcedores era visível. - Fazer gol aí é mole, né? - provocou um.
Outro recriminou o "recreativo" na véspera da partida contra o Goiás. As críticas se intensificaram. Leo Moura foi um dos mais visados. - Olha lá... até no treino ele perde a bola... é contigo mesmo, Leo Moura! O lateral pediu calma. A resposta é ríspida e começa com um xingamento: - Não adianta pedir calma não! As ofensas prosseguiram por sete minutos. Aos poucos, os seguranças chegaram e formaram uma barreira para impedir uma possível invasão ao campo. O perigo veio de onde não se esperava. Uma bomba caseira foi lançada a partir do estacionamento e explodiu acima do campo, bem próxima dos jogadores. O estrondo foi impressionante. Egídio caiu no gramado. Outros protegeram os ouvidos. Subiu fumaça. Dininho e Obina receberam estilhaços do artefato feito com tubos de PVC e sofreram ferimentos leves.
A reação do líder do elenco foi acabar com o treinamento. Fábio Luciano mandou um sonoro "pára" e correu em direção aos torcedores. Foi acompanhado de um indignado Bruno, que vociferava palavrões e ameaçava brigar. A gritaria tornou o diálogo quase incompreensível. Somente o alambrado evitava a pancadaria.O inconformismo de Juan e Ibson chamou a atenção. O lateral-esquerdo não aceitou as críticas sobre uma possível falta de empenho. - Isso aqui é Flamengo, a gente honra essa porra aqui... - afirma, apontando para o escudo. Solitário, Fábio Luciano seguiu em direção ao grupo, que àquela altura chamava os atletas para a briga. - Vocês querem falar? Vamos ali... eu quero você! - dizia o capitão, apontando para um dos líderes, e recebendo o apoio do goleiro reserva Diego. Fábio passou no meio dos torcedores e, mais calmo, iniciou o diálogo.
Bruno discute e Fábio Luciano dialoga com torcedores na Gávea
A revolta dos companheiros prosseguiu. Aos poucos, eles foram conduzidos ao vestiário pelos integrantes da comissão técnica. Caio Júnior, que recentemente recusou uma proposta milionária do Qatar, fez um comentário que resume o sentimento de decepção: - Isso é Brasil... vamos pro vestiário. Juan aceitou a ordem com restrições. Antes, ele gritou novamente e deu um chute no portão que dá acesso ao vestiário: - Ninguém aqui está de sacanagem não, ninguém está de sacanagem não!
Paz para alguns, preocupação para outros
O mediador Fábio Luciano conseguiu acalmar os ânimos. Na conversa, os torcedores pediram desculpas pelo excesso e o capitão prometeu o retorno das vitórias. - Nosso sonho também é ganhar o título brasileiro. As portas estão abertas para este tipo de conversa - diz o jogador. A bandeira branca foi estendida e no fim da atividade, de banho tomado, um sereno Leo Moura recebeu orientações táticas dos torcedores. Ibson seguiu o mesmo caminho. Outros pensaram diferente deles. Juan afirmou que a bomba dá motivos para os atletas trocarem o Flamengo pelo exterior. A diretoria também repudiou os incidentes. Prestou queixa-crime e pediu a perícia do esquadrão antibombas. Longe do Rio, o Rubro-Negro enfrenta o Goiás nesta quarta-feira, no Serra Dourada.
A reação do líder do elenco foi acabar com o treinamento. Fábio Luciano mandou um sonoro "pára" e correu em direção aos torcedores. Foi acompanhado de um indignado Bruno, que vociferava palavrões e ameaçava brigar. A gritaria tornou o diálogo quase incompreensível. Somente o alambrado evitava a pancadaria.O inconformismo de Juan e Ibson chamou a atenção. O lateral-esquerdo não aceitou as críticas sobre uma possível falta de empenho. - Isso aqui é Flamengo, a gente honra essa porra aqui... - afirma, apontando para o escudo. Solitário, Fábio Luciano seguiu em direção ao grupo, que àquela altura chamava os atletas para a briga. - Vocês querem falar? Vamos ali... eu quero você! - dizia o capitão, apontando para um dos líderes, e recebendo o apoio do goleiro reserva Diego. Fábio passou no meio dos torcedores e, mais calmo, iniciou o diálogo.
Bruno discute e Fábio Luciano dialoga com torcedores na Gávea
A revolta dos companheiros prosseguiu. Aos poucos, eles foram conduzidos ao vestiário pelos integrantes da comissão técnica. Caio Júnior, que recentemente recusou uma proposta milionária do Qatar, fez um comentário que resume o sentimento de decepção: - Isso é Brasil... vamos pro vestiário. Juan aceitou a ordem com restrições. Antes, ele gritou novamente e deu um chute no portão que dá acesso ao vestiário: - Ninguém aqui está de sacanagem não, ninguém está de sacanagem não!
Paz para alguns, preocupação para outros
O mediador Fábio Luciano conseguiu acalmar os ânimos. Na conversa, os torcedores pediram desculpas pelo excesso e o capitão prometeu o retorno das vitórias. - Nosso sonho também é ganhar o título brasileiro. As portas estão abertas para este tipo de conversa - diz o jogador. A bandeira branca foi estendida e no fim da atividade, de banho tomado, um sereno Leo Moura recebeu orientações táticas dos torcedores. Ibson seguiu o mesmo caminho. Outros pensaram diferente deles. Juan afirmou que a bomba dá motivos para os atletas trocarem o Flamengo pelo exterior. A diretoria também repudiou os incidentes. Prestou queixa-crime e pediu a perícia do esquadrão antibombas. Longe do Rio, o Rubro-Negro enfrenta o Goiás nesta quarta-feira, no Serra Dourada.
HUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHAUA!!
AI GENTE, EU NUNCA RI TANTO NA MINHA VIDA!!!
TO DANDO PÁLA!!!
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!!!!
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